quinta-feira, 4 de setembro de 2008

ANEXO I – CONCEPÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

A relação entre professor e aluno deve ser respeitosa, em que a autoridade do professor se explicite no domínio do conteúdo da disciplina, e não na imposição hierárquica do conhecimento. Assim, as aulas, ao mesmo tempo em que desenvolverão o conteúdo da disciplina, tornar-se-ão mais dinâmicas, na medida em que as discussões respeitem os diferentes pontos de vista. Nesse sentido, é importante ressaltar que o autoritarismo não constrói mentes críticas, somente dificulta o aprendizado e o prazer de estar em sala, e por isso deve ser afastado das aulas.
Os professores devem ser flexíveis a idéias contrárias à suas, para que assim os alunos optem pela linha de conhecimento que mais lhes convier. Como educador, deve estar aberto a críticas e pronto a evoluir a partir delas. Com isso, facilita também que os alunos e professores construam a didática em sala de aula juntos e discutam as melhores formas de avaliação, chegando a um consenso. É importante, também, que se relacione a teoria com a realidade, para que o aluno contextualize o conhecimento adquirido em sala.
Sendo assim, o objetivo da reforma pedagógica do curso de Ciências Econômicas é que os estudantes desenvolvam sua postura crítica e que a partir disso possam analisar os fenômenos reais através das teorias.

ANEXO II – SAÍDAS A CAMPO

Dentro do PPDP, as saídas a campo constam como atividades obrigatórias dentro de algumas disciplinas, e sugeridas para as restantes. As saídas a campo permitem ao estudante de Ciências Econômicas:

1. relacionar os conteúdos apresentados em sala de aula com a realidade catarinense e brasileira;
2. confrontar as teorias e métodos apresentados em sala de aula;

3. conhecer locais de importância histórica no processo de formação econômica e social do Brasil;
4. entrar em contato com suas possíveis áreas de atuação futura;

5. conhecer a atividade dos profissionais formados em Ciências Econômicas.

Dentro das disciplinas, os locais escolhidos para visitação deverão se relacionar com os conteúdos estudados e respeitar a diretriz da pluralidade presente no debate econômico. Dentre os locais possíveis para visitação, pode-se citar: empresas; bancos; órgãos de administração pública; órgãos de planejamento econômico; pequenas, médias e grandes propriedades agrícolas; assentamentos agrícolas; cooperativas de produção; órgãos de fomento; etc.

A UFSC disponibiliza gratuitamente o transporte para as visitações, desde que solicitado com antecedência. O planejamento das saídas a campo deverá ocorrer na primeira semana do semestre letivo, e estará a cargo do professor de cada disciplina. O mesmo deverá encaminhar seu pedido à Chefia do Departamento do Curso de Ciências Econômicas, ficando esta responsável pela solicitação junto à Reitoria das reservas do ônibus da UFSC para as datas encaminhadas pelos professores. O custeio das demais despesas deverá ser buscado junto a órgãos públicos, organizações patronais e sindicatos.

Deverão oferecer, obrigatoriamente, em todos os semestres, pelo menos 1 (uma) saída a campo, as seguintes disciplinas:

I.Economia Política I (terceira disciplina do bloco “Economia Política”);

II.Economia Brasileira I (terceira disciplina do bloco “Economia Brasileira”);

III.Economia Monetária (terceira disciplina do bloco “Macroeconomia”);

IV.Economia Neoclássica (terceira disciplina do bloco “Microeconomia”);

V.Estatística Econômica (segunda disciplina do bloco “Estatística Econômica”).

Às disciplinas restantes, sugere-se saídas a campo, ficando estas a critério do professor da disciplina, devendo este seguir o mesmo procedimento realizado pelos professores das disciplinas com saídas a campo obrigatórias.

ANEXO III – Disciplinas Optativas Fixas

A nova grade curricular do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, com a intenção de permitir uma flexibilização dos conteúdos, traz um novo sistema de disciplinas optativas. Esse novo sistema permite que o graduando possa cursar matérias livremente dentro de duas áreas de interesse. As disciplinas optativas fixas não devem ser confundidas com as disciplinas optativas, que continuam a funcionar na mesma dinâmica do currículo anterior.

As disciplinas optativas fixas são em número de 8, sendo Economia Regional e Urbana, Economia Industrial, Economia Agrícola e Política e Planejamento Econômico pertencentes ao primeiro bloco, e Elaboração e Análise de Projetos, Mercado de Capitais, Economia de Empresas e Análise de Investimentos pertencentes ao segundo bloco. Cada graduando deverá cursar ao longo do curso o mínimo de 4 disciplinas optativas fixas, de livre escolha.

A cada semestre, o Departamento de Economia ofertará apenas 4 destas disciplinas, definidas em um rodízio planejado. O rodízio será feito de forma que o graduando tenha acesso a todas as disciplinas, no turno em que está matriculado, durante a graduação.

ANEXO IV – Metodologia de Avaliação dos conteúdos das disciplinas

Dentro deste PPDP as avaliações têm um importante peso na mensuração e validação do conteúdo aprendido pelo estudante. Busca-se uma avaliação que identifique e cultive as atribuições esperadas de profissional de ciências econômicas. Com exceção das teorias de formação geral, as disciplinas deverão contemplar três etapas no processo de avaliação:

1. Avaliação Oral: Espera-se do estudante a capacidade de expor oralmente o conhecimento aprendido na disciplina. Ao elaborar a sua argüição, utilizando recursos e equipamentos audiovisuais que lhe convém, o estudante deve mostrar sua capacidade de síntese, preparação e uma disposição lógica dos pontos em questão.

2. Avaliação Dissertativa: Permite ao professor fixar os assuntos que devem ser retidos como os mais significativos, conforme a necessidade da turma. A data e a configuração da avaliação ficariam a cargo do acordo entre professores e estudantes.

3. Ensaio: ao final de cada disciplina, após o estudante entrar em contato com as referências bibliográficas e as discussões em aula, espera-se um ensaio de até 15.000 (quinze mil) caracteres. O Graduando terá um espaço destinado a reflexão, síntese e crítica aos pontos levantados em aula.

Conforme dito, as três etapas permitem uma avaliação integral e em progressão, conforme o desempenho do estudante no período em questão.
Os instrumentos de avaliação podem ainda se relacionar com os blocos de disciplina. A avaliação integrada entre as disciplinas formadoras do bloco permite uma maior confluência e diminuem a fragmentação de conteúdo. Como um todo, ao longo do bloco de disciplina, o estudante deve realizar:

II. Ampliação das referências bibliográficas para além das exigidas na ementa, conforme sua área de pesquisa;

III. Elaboração de um projeto de pesquisa;

IV. Elaboração de um artigo científico de até 35.000 (trinta e cinco mil) caracteres;

Esses objetivos devem ser contemplados ao longo das disciplinas que formam o bloco. Para tanto, os métodos avaliativos de cada disciplina devem sofrer algumas modificações para que o estudante tenha espaço para a objetivação de sua reflexão e conhecimento. A tendência das avaliações concernentes a cada disciplina dentro do bloco é diminuição dos instrumentos avaliativos descritos anteriormente, ao mesmo tempo em que se amplie o processo de pesquisa referente ao bloco. Como exemplo, segue o procedimento para o bloco de Economia Brasileira.

A primeira disciplina do bloco (Intérpretes do Brasil) terá como processo avaliativo basicamente a avaliação oral; dissertativa e a elaboração do ensaio. Acima de tudo, o objetivo dessa primeira disciplina, enquanto integrante do bloco, é apresentar a problemática do bloco como um todo, bem como os pontos a serem abordados.

Na segunda disciplina do bloco (Formação Econômica do Brasil) serão utilizados apenas dois instrumentos avaliativos, o oral e a elaboração do ensaio. Além da avaliação concernente ao assunto específico da disciplina, o aluno elaborará um ensaio referente a outras bibliografias, de acordo com sue interesse e da orientação do professor, para que ele amplia a sua visão referente a economia brasileira.

Na penúltima disciplina do bloco (Economia Brasileira I) o estudante terá como avaliação a elaboração de um ensaio pertinente ao conteúdo da disciplina, ao mesmo tempo em que deve apresentar no final um projeto de pesquisa, sob o auxílio do professor.

A quarta disciplina do bloco (Economia Brasileira II) novamente terá seu conteúdo específico avaliado pela elaboração de um ensaio. Contudo, no final da disciplina, o estudante deve apresentar um artigo científico realizado sob sua autoria e com as orientações do professor.

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