quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Caros colegas,

A Comissão da Proposta do Projeto Político Didático-Pedagógico da Reforma Curricular do Curso de Ciências Econômicas da UFSC encerrou seus trabalhos. O resultado, após muitas discussões e contatos com professores da Economia, Pedagogia, Sociologia, Administração, etc., pode ser conferido nas linhas abaixo. O próximo passo é a ASSEMBLÉIA ESTUDANTIL DA ECONOMIA, NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA (09/09/08), ÀS 18H, NA SALA 110 (SALA DA 2ª FASE). Lá estabeleceremos a estratégia para discussões em sala de aula, plenárias com os professores, etc.

Leia o projeto, anote suas críticas, leve-as para Assembléia e discuta com seus colegas!

Boa leitura!
PROPOSTA DE PROJETO POLÍTICO DIDÁTICO PEDAGÓGICO DOS ESTUDANTES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA UFSC


1. Introdução

2. Finalidades do Projeto Político Didático Pedagógico

2.1 Resgate Histórico sobre a profissão e os princípios gerais do PPDP
2.2 Finalidades do Curso
2.3 Outras finalidades do Curso

3. Conteúdo e Grade Curricular

3.1 Conteúdo Curricular
3.2 Grade Curricular
3.2.1Métodos de Avaliação

Anexo I – Concepções Pedagógicas

Anexo II – Saídas a Campo

Anexo IV – Concepções Didático-Pedagógicas

Anexo V - Ementas das Disciplinas
I – INTRODUÇÃO

"Os programas universitários deverão ser integrados com os projetos estatais de planejamento e implantação de uma economia autônoma, de ampliação da participação social, e de preparação de corpos de administradores, gestores, planificadores, cooperativistas, contabilistas, economistas, no número e nas modalidades requeridas capazes de dar efetividade aos novos rumos da política econômica e social" (Darcy Ribeiro)


A preocupação central deste Projeto Político Didático Pedagógico (PPDP) é incrementar substancialmente as práticas político-didático-pedagógicas de ensino e melhorias acadêmicas do curso de bacharelado em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina. Se assim definida, esta proposta busca superar as limitações do currículo vigente, cúmplice de um estudo altamente descolado daquilo que se espera de uma Universidade.

Na qualidade de instrumento, este projeto assevera sua natureza construtiva delineando duas esferas primordiais de operacionalização: 1) O sistema inovador de Avaliação Modular como resposta às deficiências no ensino baseado em disciplinas isoladas e avaliações fragmentadas, sendo um instrumento pedagógico ancorado nos preceitos de flexibilização e pluralismo metodológico; 2) Como proposta política, coloca-se a busca de uma nova interatividade entre professores, alunos e a comunidade nos mais diversos setores do convívio social e de pesquisa científica. Esta inserção do acadêmico gesta um novo modelo pedagógico que permite ao estudante aferir os anseios da sociedade.

Para tanto, a atual proposta do Projeto Político Didático Pedagógico (PPDP) apresenta, além dessa introdução, mais três seções: uma destinada a delinear a linha política sob a qual o curso se edifica; outra mostrando a grade curricular e o currículo de ensino; por último se apresenta os anexos, com os detalhamentos de cada proposta.

Nesta introdução, torna-se necessário salientar as bases que fundamentam este Projeto, a saber:

O Parecer CNE-CES95-2007 que instituiu a nova Resolução para os Cursos de Graduação em Ciências Econômicas, em substituição a Resolução CNE/CES n.º7 de 29 de março de 2006, e delineia os parâmetros de todos os cursos de Ciências Econômicas do país. Nele constam aspectos que vão desde os conteúdos curriculares até o sistema de avaliação, numa sintonia que estabelecerá ao fim de todo o processo o perfil do estudante egresso como um profissional de formação generalista, humanística, crítica e reflexiva.
2. FINALIDADES DO PROJETO POLÍTICO DIDÁTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS: UM CURSO ABERTO A COMPREENSÃO E ATUAÇÃO SOBRE A REALIDADE BRASILEIRA.

2.1 Resgate Histórico sobre a profissão e os princípios gerais do PPDP

Historicamente, a função do economista é realizar a ligação entre o ambiente de atuação e as transformações e tendências da economia brasileira/mundial. No passado, o bacharel em economia gozava de grande prestígio tanto no meio público – coordenando órgãos governamentais, realizando planejamento econômico em secretarias federais – como no setor privado – através de consultorias, administração e projetos, associando as necessidades da empresa às transformações da economia brasileira.

Era imperativo que a graduação do economista se realizasse atendendo ao estudo da formação da economia brasileira e dos seus impasses. Para tanto, um rico mapeamento das condições nacionais requeria um estudo plural e eqüitativo das principais escolas de interpretação, aliando estudos teóricos às intervenções práticas e embasadas.

Com a ascensão do pensamento único nos anos 90, o ensino de economia passou por uma crise curricular. A crença no desempenho autoregulado do mercado tanto na esfera privada quanto na pública deslocou o principal locus de atuação do economista: o planejamento e percepção conjuntural. Os cursos de economia se adequaram às transformações da economia mundial de uma maneira conservadora, limitando o conteúdo próprio da teoria econômica e especializando as graduações de economia em áreas como administração, contabilidade e engenharia. A Associação Nacional de Graduação em Economia esclarece esse período:

‘’Durante a crise da profissão nos anos 90, muitos economistas chegaram a pensar que o melhor que se poderia fazer era se transformarem em administradores de empresas, ou mesmo contadores. Outro grupo dirigiu-se para as engenharias, tentando transformar a ciência econômica em ciência exata, como forma de conquistar alguma credibilidade ‘’científica’’, muitas vezes afastando-a de sua condição de ciência social e política (e por vezes da própria realidade concreta), esquecendo-se justamente daquilo que a Ciência Econômica possui de diferencial, do que lhe dá corpo e a torna uma ciência específica.
Assim é chegada a hora de recuperar o que a Economia enquanto ciência e enquanto profissão tem de especifico, rico e útil para a sociedade. Talvez seja a única forma de recuperar seu papel e, dessa forma, mostrar à sociedade e aos alunos sua importância.’’(ANGE, 2006. p. 06)

Recuperar o prestígio e o diferencial da profissão requer um estudo profundo sobre a realidade brasileira. Dessa forma, o economista estará capacitado a desenvolver sua habilidade peculiar: a capacidade de intervenção no processo de tomada de decisão. O curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, através deste Projeto Político Pedagógico, apresenta como linha política o ensino voltado à compreensão e atuação sobre a realidade brasileira.

Dito isto, o curso de Ciências Econômicas da UFSC persegue as seguintes finalidades: i) Formação geral e básica de economistas de acordo com o perfil do curso; ii) o comprometimento institucional com as exigências de intervenção sobre o contexto nacional, através de práticas de pesquisa científica e da extensão, elementos fundamentais para a real compreensão do sentido de Formação Universitária.
Os seguintes princípios norteiam o Projeto Político pedagógico:

1) Visão humanística aliada ao conhecimento científico que possibilite a compreensão dos fenômenos sociais, bem como a sua interdependência com os fenômenos econômicos.

2) Visão pluralista e eqüitativa das escolas de pensamento

3) Comprometimento com a realidade nacional e promoção do desenvolvimento econômico.

4) Conhecimento científico para atuar tanto no Setor Público como no Setor Privado, através: disciplinas de formação teórica; disciplinas técnicas quantitativas aplicadas à Economia; disciplinas auxiliares.

5) Interdisciplinaridade. Dado o perfil do curso e os inúmeros pontos a serem estudados, deve se inserir à análise econômica a visão de outras ciências sociais, enriquecendo o debate e aprofundando questões específicas .

2.2 Finalidades do Curso

O curso de ciências econômicas propicia aos seus alunos, através das disciplinas ministradas: i) uma formação orientada no conhecimento científico das teorias econômicas; ii) habilidades quantitativas e qualitativas empíricas; iii) interpretação e projeção de fenômenos econômicos; iv) resgate histórico do pensamento econômico e da economia brasileira.

Aliadas a uma base cultural e interdisciplinar, estas características possibilitam uma rica compreensão acerca da realidade brasileira e capacitam o formando na tomada de decisões e soluções frente aos problemas.

2.3 Perfil do Formando

Como aspectos específicos do formando, espera-se: i) Compreensão de questões científicas, técnicas, sociais e políticas relacionadas com a ciência econômica; ii) Consciência social frente às mudanças da sociedade brasileira; iii) domínios técnicos relacionados à formação teórico-quantitativa e teórico prático; iv) visão histórica do pensamento econômico aplicado à realidade brasileira; v) habilidade e efetiva comunicação oral e escrita.
2.3 Outras finalidades do Curso

Além do perfil do formando, o curso de ciências econômicas deve apontar outras finalidades complementares ao ensino de graduação. Atividades de pesquisa e extensão garantem uma formação complementar e integral aos estudantes, além de permitir uma atuação orientada em práticas políticas e sociais. O curso de ciências econômicas institucionalmente deve:

a) Garantir o acesso dos graduandos em projetos de pesquisas sócio-econômicas. Em temas como: Economia Industrial, Mercado de Trabalho, Economia da América Latina, Economia Monetária Internacional, Economia Solidária, Economia Catarinense e outras temáticas oportunas e ligadas a economia brasileira.

b) Promover debates e discussões sobre os problemas econômicos brasileiros e locais, interagindo com outras instituições sociais, sindicatos de trabalhadores e patronais, movimentos sociais e organizações não-governamentais. Eventos marcados pela integração chefia do departamento, corpo docente e estudantes.

c) Desenvolver o acompanhamento conjuntural, mediante informativo analítico mensal que possibilite o espaço de estudantes e professores expressarem seus pontos de vista a acerca da economia brasileira.

d) Disponibilizar como extensão, Cursos Livres, Seminários Temáticos, Grupos temáticos e Laboratórios de Pesquisa.

e) Por meio de uma comissão de assuntos pedagógicos, revisar constantemente o ensino dado em sala de aula, ouvindo reclamações e sugestões. Divulgar publicamente a avaliação dos professores e as medidas a serem tomadas dados os seus resultados.

f) Promover saídas a campo integradas à estrutura curricular, organizadas pelo Departamento do curso de Ciências Econômicas.

g) Elaborar um sítio na internet que contenha as principais informações divulgadas na imprensa especializada relacionadas à temática do curso de ciências econômicas,

h) Fornecer um curso de metodologia e práticas pedagógicas para os professores que necessitam. O curso permite aos professores: 1) um recurso para reverem seus métodos de ensino; 2) espaço para reflexão e preparação tendo em vista as novas atividades promovidas pelo PPDP.
3. CONTEÚDO E GRADE CURRICULAR

3.1 Conteúdo Curricular

O Curso deverá apresentar disciplinas e respectivos conteúdos programáticos voltados ao desenvolvimento das habilidades acima descritas, de maneira a conduzir o graduado em Ciências Econômicas ao perfil desejado. Atualmente essas disciplinas estão agrupadas em blocos, em conformidade com a Res. 95/2007 da Câmara de Educação Superior.

O conteúdo curricular é o instrumento mais efetivo para uma aproximação da linha política de um PPDP. As disciplinas, seu conteúdo e a disposição foram propostas para que graduação seja realizada minimizando as fricções entre as disciplinas, ao mesmo tempo em que procura um estudo plural e eqüitativo entre as escolas de pensamento. Seguindo a classificação da ANGE, as disciplinas estão dispostas em três grandes categorias: 1) Matérias de Formação Geral; 2) Matérias de Formação Teórico-Quantitativa; 3) Formação Histórica; e 4) Metodológicas.
As matérias assinaladas por um asterisco correspondem a uma inovação trazida a esse novo currículo: são chamadas de Optativas Fixas. Estas buscam complementar e aprofundar o estudo obtido das disciplinas obrigatórias e foram dispostas em dois grupos: o primeiro composto por: Economia regional e Urbana, Economia Industrial, Economia Agrícola e Política e Planejamento Econômico; e o segundo composto pelas disciplinas Análise e Elaboração de Projetos, Mercado de Capitais, Economia de Empresas e Análise de investimentos. No item 3.2 detalharemos melhor o esquema e a posição dessas matérias na nova Grade Curricular.

Antes de apresentar as matérias, ressalta-se que a busca por disciplinas integradas e dinâmicas somente pode ser atingida quando as ementas destas disciplinas forem seguidas por completo. As ementas garantem que, independente das circunstâncias sob as quais a disciplina será ministrada, o conteúdo e a integração das disciplinas serão mantidos. Segue no Anexo I as ementas das disciplinas. A proposta de ementa se encontra no Anexo V.
I – MATÉRIAS DE FORMAÇÃO GERAL
Análise de Balanços
Cálculo A
Estatística
Introdução às Ciências Sociais
Instituições de Direito
Teoria Geral da Administração
Introdução à Economia
Epistemologia
História Econômica Geral

II - FORMAÇÃO TEÓRICO-QUANTITATIVA

Pensamento Clássico I
Pensamento Clássico II
Economia Neoclássica
Economia Marxista I
Economia Marxista II
Teoria Macroeconomia Heterodoxa
Teoria Macroeconômica Ortodoxa
Teoria Microeconômica
Teorias do Desenvolvimento
Economia Matemática
Estatística Econômica
Econometria
Economia Monetária
Economia Internacional
Contabilidade Social
Economia do Setor Público
Economia Regional e Urbana *
Economia Industrial*
Economia Agrícola *
Política e Planejamento Econômico*
Análise e Elaboração de Projetos*
Mercado de Capitais*
Economia e Finanças de Empresas*
Análise de investimentos *

III - FORMAÇÃO HISTÓRICA
História Econômica
Interpretações do Brasil
Formação Econômica do Brasil
Economia Brasileira I
Economia Brasileira II
Evolução do Pensamento Econômico

IV - METODOLÓGICAS
Técnica de Pesquisa
Monografia I
Monografia II

3.2 Grade Curricular

O novo currículo do curso de Ciências Econômicas pretende, acima de tudo, formar profissionais com um amplo conhecimento da realidade econômica brasileira, ciente da inserção da mesma na complexa economia internacional. Não só com disciplinas específicas voltadas ao cenário nacional, mas também com a intenção de que todas as disciplinas do currículo sejam subsidiadas com problemáticas e dados genuinamente brasileiros.
1 Téc. de Pesquisa
Int. à Economia
TGA/Inst.Direito
Cálculo A
Hist. Econômica





















2 Pens. Clássico I
Epistemologia
Int. Ciências Sociais
Economia e Matemática
Análise de Balanço





















3 Pens. Clássico II
Interp. do Brasil
Optativa I
Eco. Neoclássica
Estatística





















4 Eco. Marx I
FEB
Macro Heterodoxa
Teoria Micro
Estatís. Eco.





















5 Eco. Marx II
Eco. Brasileira I
Macro Ortodoxa
Optativa II Econometria





















6 Teorias do Des
Eco. Brasileira II
Eco Monetária
Eco. Internacional
Optativa III





















7 Evo. Pens. Eco.
Eco.Setor Público
Contab. Social
Optativa IV
Optativa V





















8 Monografia I
Optativa VI
Optativa VII
Optativa VIII





















9 Monografia II
Optativa IX






A disposição das disciplinas na grade curricular preza pelo debate e pela crítica científica, dando oportunidade ao graduando de acessar as amplas interpretações das teorias econômicas ao mesmo tempo. A grade curricular também conta com módulos de disciplinas com temáticas comuns, com avaliações que perpassam todas as disciplinas do bloco, permitindo ao graduando ao fim de cada módulo, exercitar sua capacidade de síntese ao ser avaliado pelo conjunto de disciplinas. O acadêmico conta ainda com disciplinas optativas fixas, ofertadas regularmente pelo departamento, que dão oportunidade de escolha em duas áreas temáticas. Além disso, as disciplinas optativas complementam a formação do aluno, ao oferecer um espaço para outros cursos de outros departamentos da universidade.

Conforme indicado, a grade curricular é composta por 5 blocos de ensino que serão utilizados no processo de avaliação modular. O primeiro bloco, assinalado pela cor azul, forma o bloco de Economia Política; a cor verde corresponde ao bloco de Economia Brasileira; o bloco de Macroeconomia é assinalado pela cor vermelha; já a cor amarela corresponde ao bloco macroeconomia; e o bloco de Estatística corresponde à cor laranja.

Outro aspecto da nova estrutura curricular se refere às saídas a campo. Durante toda sua formação o estudante de Ciências Econômicas será chamado a confrontar as teorias, métodos e técnicas aprendidos em sala de aula com a realidade brasileira. As saídas a campo são, neste sentido, uma excelente forma de conhecer, in locus, o funcionamento de órgãos governamentais, empresas, organismos financeiros, propriedades agrícolas, além de aspectos históricos da realidade social. As viagens permitirão também a familiarização dos graduandos com seus futuros locais de trabalho e com as atribuições necessárias para o profissional economista.

A importância de tal atividade para a compreensão dos conteúdos discutidos no curso faz com que seja necessária sua incorporação ao currículo de graduação, especificamente às ementas de algumas disciplinas obrigatórias. Além destas, disciplinas optativas poderão propor saídas de campo. Segue no Anexo II a proposta das saídas de campo.
A grade curricular proposta traz ainda as chamadas disciplinas optativas fixas. Estas disciplinas, em número de 8, representam áreas de aprofundamento em questões relevantes para a formação de um economista. Cada graduando terá que obrigatoriamente cursar 4 das 8 disciplinas. Segue no anexo III o sistema de rodízio das disciplinas.

Um outro ponto importante é a divisão da disciplina Monografia em dois semestres. Tal divisão está de acordo com as recomendações da ANGE e possibilita uma maior reflexão acerca do objeto de pesquisa.

3.2.1 Métodos Avaliativos

É imperativo que o acadêmico tenha uma maior capacidade de absorção e reflexão daquilo que estuda. Para tanto, as avaliações devem romper com o ensino de memorização, evoluindo para um de apreensão e reflexão do conteúdo estudado.

Em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 2006, que define:

Art. 43º. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

os métodos avaliativos têm por objetivo, além de mensurar o aproveitamento dos estudantes nas disciplinas, desenvolver nos graduandos as habilidades e técnicas necessárias à formação de um profissional capacitado. Quais sejam:

  • capacidade de expressão oral de idéias, conceitos e modelos;
  • capacidade de expressão escrita de idéias, conceitos e modelos;
  • capacidade de reflexão crítica dos conteúdos das disciplinas;
  • capacidade de síntese dos conteúdos das disciplinas;
  • capacidade de relação dos conteúdos das disciplinas com temas atuais, em especial os nacionais e regionais.

O Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina terá seu sistema de avaliação voltado no desenvolvimento qualitativo do graduando ao longo do semestre letivo, de forma que ao final do curso o estudante possa ter uma compreensão crítica dos temas abordados na disciplina e compreensão da importância dos mesmos para seu futuro profissional. Assim, o sistema de avaliação, mais do que mensurar o aproveitamento dos estudantes, deve ser instrumento de acompanhamento e superação das dificuldades dos estudantes ao longo do curso.

De modo a contemplar as definições acima descritas, sugerimos:

  1. as disciplinas dos Blocos Temáticos deverá possuir, obrigatoriamente, avaliações escritas, orais e ensaios críticos;
  • na primeira disciplina do Bloco, serão realizadas 2 (duas) avaliações escritas em sala de aula, 1 (uma) avaliação oral em sala de aula e (1) ensaio de 10.000 (dez mil) caracteres sobre algum aspecto da disciplina;
  • na segunda disciplina do Bloco, serão realizadas 1 (uma) avaliação escritas em sala de aula, 1 (uma) avaliação oral em sala de aula e (1) ensaio de 10.000 (dez mil) caracteres sobre algum aspecto da disciplina;
  • na última disciplina do Bloco, serão realizadas 1 (uma) avaliação oral em sala de aula e (1) artigo científico de 30.000 (trinta mil) caracteres relacionando um tema atual com o conteúdo debatido durante as disciplinas do Bloco, com orientação de um dos professores do bloco;
2. Para as demais disciplinas oferecidas pelo Departamento de Ciências Econômicas, sugere-se que possuam avaliações escritas, orais e de reflexão crítica.
ANEXO I – CONCEPÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

A relação entre professor e aluno deve ser respeitosa, em que a autoridade do professor se explicite no domínio do conteúdo da disciplina, e não na imposição hierárquica do conhecimento. Assim, as aulas, ao mesmo tempo em que desenvolverão o conteúdo da disciplina, tornar-se-ão mais dinâmicas, na medida em que as discussões respeitem os diferentes pontos de vista. Nesse sentido, é importante ressaltar que o autoritarismo não constrói mentes críticas, somente dificulta o aprendizado e o prazer de estar em sala, e por isso deve ser afastado das aulas.
Os professores devem ser flexíveis a idéias contrárias à suas, para que assim os alunos optem pela linha de conhecimento que mais lhes convier. Como educador, deve estar aberto a críticas e pronto a evoluir a partir delas. Com isso, facilita também que os alunos e professores construam a didática em sala de aula juntos e discutam as melhores formas de avaliação, chegando a um consenso. É importante, também, que se relacione a teoria com a realidade, para que o aluno contextualize o conhecimento adquirido em sala.
Sendo assim, o objetivo da reforma pedagógica do curso de Ciências Econômicas é que os estudantes desenvolvam sua postura crítica e que a partir disso possam analisar os fenômenos reais através das teorias.

ANEXO II – SAÍDAS A CAMPO

Dentro do PPDP, as saídas a campo constam como atividades obrigatórias dentro de algumas disciplinas, e sugeridas para as restantes. As saídas a campo permitem ao estudante de Ciências Econômicas:

1. relacionar os conteúdos apresentados em sala de aula com a realidade catarinense e brasileira;
2. confrontar as teorias e métodos apresentados em sala de aula;

3. conhecer locais de importância histórica no processo de formação econômica e social do Brasil;
4. entrar em contato com suas possíveis áreas de atuação futura;

5. conhecer a atividade dos profissionais formados em Ciências Econômicas.

Dentro das disciplinas, os locais escolhidos para visitação deverão se relacionar com os conteúdos estudados e respeitar a diretriz da pluralidade presente no debate econômico. Dentre os locais possíveis para visitação, pode-se citar: empresas; bancos; órgãos de administração pública; órgãos de planejamento econômico; pequenas, médias e grandes propriedades agrícolas; assentamentos agrícolas; cooperativas de produção; órgãos de fomento; etc.

A UFSC disponibiliza gratuitamente o transporte para as visitações, desde que solicitado com antecedência. O planejamento das saídas a campo deverá ocorrer na primeira semana do semestre letivo, e estará a cargo do professor de cada disciplina. O mesmo deverá encaminhar seu pedido à Chefia do Departamento do Curso de Ciências Econômicas, ficando esta responsável pela solicitação junto à Reitoria das reservas do ônibus da UFSC para as datas encaminhadas pelos professores. O custeio das demais despesas deverá ser buscado junto a órgãos públicos, organizações patronais e sindicatos.

Deverão oferecer, obrigatoriamente, em todos os semestres, pelo menos 1 (uma) saída a campo, as seguintes disciplinas:

I.Economia Política I (terceira disciplina do bloco “Economia Política”);

II.Economia Brasileira I (terceira disciplina do bloco “Economia Brasileira”);

III.Economia Monetária (terceira disciplina do bloco “Macroeconomia”);

IV.Economia Neoclássica (terceira disciplina do bloco “Microeconomia”);

V.Estatística Econômica (segunda disciplina do bloco “Estatística Econômica”).

Às disciplinas restantes, sugere-se saídas a campo, ficando estas a critério do professor da disciplina, devendo este seguir o mesmo procedimento realizado pelos professores das disciplinas com saídas a campo obrigatórias.

ANEXO III – Disciplinas Optativas Fixas

A nova grade curricular do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, com a intenção de permitir uma flexibilização dos conteúdos, traz um novo sistema de disciplinas optativas. Esse novo sistema permite que o graduando possa cursar matérias livremente dentro de duas áreas de interesse. As disciplinas optativas fixas não devem ser confundidas com as disciplinas optativas, que continuam a funcionar na mesma dinâmica do currículo anterior.

As disciplinas optativas fixas são em número de 8, sendo Economia Regional e Urbana, Economia Industrial, Economia Agrícola e Política e Planejamento Econômico pertencentes ao primeiro bloco, e Elaboração e Análise de Projetos, Mercado de Capitais, Economia de Empresas e Análise de Investimentos pertencentes ao segundo bloco. Cada graduando deverá cursar ao longo do curso o mínimo de 4 disciplinas optativas fixas, de livre escolha.

A cada semestre, o Departamento de Economia ofertará apenas 4 destas disciplinas, definidas em um rodízio planejado. O rodízio será feito de forma que o graduando tenha acesso a todas as disciplinas, no turno em que está matriculado, durante a graduação.

ANEXO IV – Metodologia de Avaliação dos conteúdos das disciplinas

Dentro deste PPDP as avaliações têm um importante peso na mensuração e validação do conteúdo aprendido pelo estudante. Busca-se uma avaliação que identifique e cultive as atribuições esperadas de profissional de ciências econômicas. Com exceção das teorias de formação geral, as disciplinas deverão contemplar três etapas no processo de avaliação:

1. Avaliação Oral: Espera-se do estudante a capacidade de expor oralmente o conhecimento aprendido na disciplina. Ao elaborar a sua argüição, utilizando recursos e equipamentos audiovisuais que lhe convém, o estudante deve mostrar sua capacidade de síntese, preparação e uma disposição lógica dos pontos em questão.

2. Avaliação Dissertativa: Permite ao professor fixar os assuntos que devem ser retidos como os mais significativos, conforme a necessidade da turma. A data e a configuração da avaliação ficariam a cargo do acordo entre professores e estudantes.

3. Ensaio: ao final de cada disciplina, após o estudante entrar em contato com as referências bibliográficas e as discussões em aula, espera-se um ensaio de até 15.000 (quinze mil) caracteres. O Graduando terá um espaço destinado a reflexão, síntese e crítica aos pontos levantados em aula.

Conforme dito, as três etapas permitem uma avaliação integral e em progressão, conforme o desempenho do estudante no período em questão.
Os instrumentos de avaliação podem ainda se relacionar com os blocos de disciplina. A avaliação integrada entre as disciplinas formadoras do bloco permite uma maior confluência e diminuem a fragmentação de conteúdo. Como um todo, ao longo do bloco de disciplina, o estudante deve realizar:

II. Ampliação das referências bibliográficas para além das exigidas na ementa, conforme sua área de pesquisa;

III. Elaboração de um projeto de pesquisa;

IV. Elaboração de um artigo científico de até 35.000 (trinta e cinco mil) caracteres;

Esses objetivos devem ser contemplados ao longo das disciplinas que formam o bloco. Para tanto, os métodos avaliativos de cada disciplina devem sofrer algumas modificações para que o estudante tenha espaço para a objetivação de sua reflexão e conhecimento. A tendência das avaliações concernentes a cada disciplina dentro do bloco é diminuição dos instrumentos avaliativos descritos anteriormente, ao mesmo tempo em que se amplie o processo de pesquisa referente ao bloco. Como exemplo, segue o procedimento para o bloco de Economia Brasileira.

A primeira disciplina do bloco (Intérpretes do Brasil) terá como processo avaliativo basicamente a avaliação oral; dissertativa e a elaboração do ensaio. Acima de tudo, o objetivo dessa primeira disciplina, enquanto integrante do bloco, é apresentar a problemática do bloco como um todo, bem como os pontos a serem abordados.

Na segunda disciplina do bloco (Formação Econômica do Brasil) serão utilizados apenas dois instrumentos avaliativos, o oral e a elaboração do ensaio. Além da avaliação concernente ao assunto específico da disciplina, o aluno elaborará um ensaio referente a outras bibliografias, de acordo com sue interesse e da orientação do professor, para que ele amplia a sua visão referente a economia brasileira.

Na penúltima disciplina do bloco (Economia Brasileira I) o estudante terá como avaliação a elaboração de um ensaio pertinente ao conteúdo da disciplina, ao mesmo tempo em que deve apresentar no final um projeto de pesquisa, sob o auxílio do professor.

A quarta disciplina do bloco (Economia Brasileira II) novamente terá seu conteúdo específico avaliado pela elaboração de um ensaio. Contudo, no final da disciplina, o estudante deve apresentar um artigo científico realizado sob sua autoria e com as orientações do professor.
ANEXO V – Ementa das Disciplinas
I - MATÉRIAS DE FORMAÇÃO GERAL

Análise de Balanço (Departamento Ciências Contábeis)

Cálculo A (Departamento de Matemática)

Estatística (Departamento de Estatística)

Ementa: Estatística descritiva: representação tabular e gráfica; medidas de tendência central e dispersão- Noções de amostragem - Probabilidade: definições e teoremas -.Distribuições de probabilidade - esperança matemática - Variáveis aleatórias discretas e contínuas - Estimação pontual e intervalar - Testes de hipóteses.

Introdução às Ciências Sociais (Departamento de Ciências Sociais)

Instituições de Direito para Economistas (Departamento de Ciências Jurídicas)

Teoria Geral da Administração para Economistas (Departamento de Adm)

Introdução à Economia

Objetivo: Por ser a primeira disciplina com a qual o ingressante do curso entra em contato, a ementa deve abranger os métodos e os objetos das diferentes escolas da ciência econômica. Contudo, o contato com a profissão e os diferentes campos de atuação também devem fazer parte do conteúdo da disciplina, através de saídas a campo. Dessa maneira, o estudante será estimulado teórica e empiricamente nos estudos econômicos desde a primeira fase. Além disso, deve-se problematizar o desempenho recente da economia brasileira, em conformidade com a linha didática do currículo do curso de economia. O programa da disciplina deve apresentar ao estudante o curso que ele acaba de ingressar, seu projeto político didático pedagógico e suas inovações avaliativas.
Ementa: Apresentação do Curso de Economia e a sua Estrutura – Ciência econômica: o objeto que caracteriza e métodos – Método e Objetos das escolas do pensamento econômico – A profissão do economista e seus instrumentos científicos – A problemática recente da economia brasileira – Introdução ao planejamento econômico – introdução a economia de empresas.

Intérpretes do Brasil (Departamento de Ciências Sociais)

Epistemologia e Ética para Economistas

Ementa: Conceito e finalidade da ciência - A ciência e a problemática da compreensão da realidade - A ciência como processo histórico-social - A questão do método científico em ciências econômicas - Ética para economistas.
História Econômica Geral (Departamento de História)


II - FORMAÇÃO TEÓRICO-QUANTITATIVA

Pensamento Clássico I

Ementa: A teoria política como um campo de estudo e pesquisa. A filosofia política, a ciência política e a política. Platão e o problema da ordem ideal. Mythos e Logos, Physis e Nomos no pensamento pré-socrático. Aristóteles e o problema da ordem possível. Os conceitos de liberdade e (des)igualdade dos antigos. Maquiavel: Do Estado racional à "razão de Estado". Hobbes: a relação entre os súditos e o Soberano. As diferencias entre o Estado de Natureza de Hobbes e de Locke. Rosseau: A origem da desigualdade baseada na propriedade. Escolásticos: bases econômicas.


Pensamento Clássico II

Ementas: Mercantilistas e as críticas de Cantillon - Petty - Escola Fisiocrata: Quesnay - Escola clássica: Adam Smith, David Ricardo - A problemática do valor nos clássicos; salários, lucros e renda da terra - Tocqueville e a Democracia

Estatística econômica

Ementa: Números índices - Séries temporais - Medidas de desigualdade - Variáveis aleatórias contínuas unidimensionais - Funções de variáveis aleatórias contínuas - Distribuições uniforme e normal - Outras distribuições importantes (qui-quadrado, T de Student, F de Schnedecor) - Inferência estatística. Estimação - Modelo de regressão linear simples.

Econometria

Ementa: Modelo de regressão linear simples e múltipla - Identificação e correção de problemas relacionados com multicolinearidade, autocorrelação e heterocedasticidade - Séries temporais.

Economia Neoclássica

Ementa: Fundamentos da Teoria Neoclássica. Conceito de Riqueza. Estudos dos Fatores de produção. Noção geral de equilíbrio. Teorias do preço em concorrência pura e monopólio. Estudos das contribuições de:
· Menger
· Jevons
· Walrás
· Marshall
· Wicksell
· Pareto
· Fisher
· Nash

Economia Marxista I

Ementa: Os fundamentos do materialismo histórico e dialético. Os princípios e as leis fundamentais da dialética marxista. O método e o objetivo da economia política marxista. O desenvolvimento da produção capitalista. A mercadoria e a moeda. A transformação do dinheiro em capital. A produção da mais-valia absoluta e relativa. O salário. A acumulação de capital. A acumulação primitiva.

Economia Marxista II

Ementa: O processo de circulação de capital: as metamorfoses do capital e seus ciclos; a rotação do capital; a reprodução e a circulação do capital. O processo global da reprodução capitalista: a transformação da mais-valia em lucro e da taxa de mais-valia em taxa de lucro; a transformação do lucro em lucro médio; a lei da queda tendêncial da taxa de lucro; a transformação do capital mercadoria e do capital dinheiro em capital comercial e capital financeiro.


Teoria Macroeconomia Heterodoxa

Ementa: Teoria da Instabilidade da Economia Capitalista. Keynes e as noções de equilíbrio e instabilidade. Demanda efetiva. Elementos de macroeconomia kaleckiana. Macroeconomia keynesiana. Pôs-keynesianos e a instabilidade em uma economia monetária e financeira.

Teoria Macroeconômica Ortodoxa

Ementa: Mercado de Bens - Mercados Financeiros - Modelo IS – LM - Mercado de Trabalho - Modelos Agregativos - Inflação e Atividade – Crescimento - Economia Aberta.

Teoria Microeconômica

Ementa: Demanda do Consumidor - Oferta do Produtor - Mercados e Tipos de Concorrência- Equilíbrio Geral e Teoria do Bem-estar -Economia da Informação - Teoria dos Jogos.

Economia Matemática

Ementa: Introdução à análise: estrutura matemática e estrutura econômica - Cálculo Diferencial e Integral em R2 e Rn, - Equações Diferenciais e à Diferença - Otimização, aplicações na Economia - Álgebra Linear e Modelos.

Economia Monetária

Ementa: A moeda como produto histórico da riqueza humana - As teorias monetárias e a não neutralidade da moeda - A moeda e as finanças em Marx - Demanda e oferta de moeda - Bancos Centrais e Bancos comerciais – Política Econômica e Macroeconomia - Taxa de juros, inflação, hiperinflação, títulos, ações e papéis da Bolsa de Valores - As finanças internacionais e o modelo de inserção do Brasil no sistema financeiro mundial - Crises financeiras.

Economia Internacional
Ementa: Teorias clássicas do comércio internacional: Adam Smith e David Ricardo - Teoria de Heckscher-Ohlin de comércio internacional - Teoria geral de Krugman e Obstfeld de comércio internacional - Política comercial internacional - Política de integração econômica - Movimento internacional de capitais - Investimento Estrangeiro Direto e transferências unilaterais - Movimento de capitais de curto prazo, especulação financeira e mercado de capitais - Reservas e liquidez internacional - Taxa de câmbio e regimes cambiais.


Setor Público

Ementa: A visão Liberal e Socialista do Estado capitalista- a postura do Estado no desenvolvimento Brasileiro – orçamento público como instrumento de administração – a dívida e o déficit públicos na evolução econômica do país – a política fiscal brasileira como instrumento de política econômica.

Contabilidade Social

Ementa: Contabilidade nacional: definição, cálculo e análise dos agregados macroeconômicos - Inte-relações dos agregados macroeconômicos - Matriz Insumo-Produto e os setores da economia - Balanço de Pagamentos - Gasto e determinação da renda - Consumo, poupança e investimento - Moeda, crédito e taxas de juros - A preferência pela liquidez e seu significado para a economia brasileira atual - Equilíbrio econômico em economias reais - Taxas de juros e taxas de câmbio em economias reais - Crescimento e distribuição de renda - O Sistema de Contas Nacionais do IBGE.

Desenvolvimento Sócio Econômico

Ementa: A questão do desenvolvimento nos autores clássicos de economia – Schumpeter e a Teoria do Desenvolvimento Econômico - Determinantes básicos do desenvolvimento e do subdesenvolvimento - Teorias e modelos de crescimento econômico capitalista nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos (Economia do Desenvolvimento Clássica, CEPAL, Neo-Marxistas, Teoria da Dependência) - Indicadores econômicos e sociais - Questão ambiental e ecodesenvolvimento.

Economia Regional e Urbana *

Ementa: Espaço e Economia: conceitos básicos e abordagens contemporâneas - Teorias Clássicas da Localização e Teorias do Crescimento Regional e Urbano - O espaço mundial de nossos dias: organização espacial e desenvolvimento regional nos países avançados na atual fase do capitalismo - Urbanização e Economia Urbana - Dialética sócio-espacial e urbanização contemporânea no Brasil - Introdução ao Planejamento Urbano e Regional.

Economia Industrial*

Ementa: Introdução: da crítica à teoria da Concorrência perfeita às teorias de organização industrial - Estruturas de Indústrias - As condições estruturais da produção industrial - A firma industrial: objetivos, organização e capacidades - Teoria do Crescimento da Firma - Formas de concorrência e de crescimento em uma indústria - Política industrial, defesa da concorrência, regulação e política antitruste - Inovação e Estratégia Empresarial no Brasil.

Economia Agrícola *

Ementa: A renda da terra, teoria do valor e formação de preços. Penetração do capitalismo na agricultura: proletarização do campo, subordinação das formas de produção capitalistas ao capital e o processo de industrialização na agricultura. Estrtura Agrária e relações de produção. Renda da operação Agrícola. Formas de intervenção do Estado no setor agropecuário (créditos, preços, incentivos, legislação trabalhista, reforma agrária, etc.).

Economia e Finanças das Empresas*

Ementa: Estrutura e Funcionamento da Empresa – Formas de concentração, tamanho e tipo de empresas – Análise da Empresa no setor e na economia do país – Elaboração Análise e controle orçamentário - Risco e Retorno - Custo de capital - Estrutura de Capital -Teoria de Portfolio (CAPM) - Valor presente do fluxo de caixa descontado - Risco Brasil, Risco de mercado e Risco de crédito - Aplicação de derivativos em valuation (Real Option).

Política e Planejamento Econômico*

Ementa:Introdução e objetivos da Política Econômica - Introdução ao Planejamento Econômico - Histórico das Políticas Econômicas de 1930 a 1970 - A política econômica após 1980 - Políticas públicas de caráter setorial (Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior; Política Regional e Urbana; Estrutura e Planejamento).
Elaboração e Análise de Projetos*

Ementas: Introdução (tipos e conceitos de Projeto, Conceitos de projetos) -Estudo do Mercado - Engenharia do Projeto - Tamanho e localização do Projeto - Aspectos Legais e Administrativos -Investimentos, custos e receitas –Financiamentos -Modelos para redação de Projetos ou Planos de Negócios.

Análise de Investimentos*

Ementa: Fundamentos básicos da análise de investimentos – critérios de escolha e tomada de decisão – análise custo benefício – equivalência financeira – valor presente - valor futuro – série uniforme de pagamentos – análise e seleção de investimentos – “pay-back”- taxa mínima de atratividade – taxa interna de retorno – depreciação – Análise e sensibilidade de riscos – Viabilidade Financeira de Empreendimentos.

Mercados de Capitais *

Ementa: Conceito do Mercado de Capitais – Mercado Financeiro – Instituições do Mercado de Capitais – Investimento no Mercado de Capitais – Mercado de Ações – Sistema Financeiro Nacional – Sociedade Anônimas - Análise e acompanhamento dos mercados de capitais (derivativos e mercados futuros) - Operações de renda fixa e seus instrumentos – Estudos de Casos.

III - FORMAÇÃO HISTÓRICA

Formação Econômica do Brasil I

Ementa: As diferentes fases e interpretações da formação da economia brasileira. O modelo de inserção do Brasil às metrópoles coloniais e o sentido da colonização. O sistema colonial e a escravidão. A emergência do trabalho assalariado. As orignes do desenvolvimento industrial brasileiro.

Formação Econômica do Brasil II

Ementa: Crise da economia agroexportadora - O Processo de Industrialização – Estrutura do estado de 30/45 – Internacionalização da Economia Brasileira e estruturação de um novo padrão de acumulação de capital - O Plano de Metas e a Industrialização Pesada - . Inflação, Estagnação e Ruptura - Estabilização e Reforma no regime Militar -. A Retomada do Crescimento e as Distorções do “Milagre” - A Desaceleração e o II Plano Nacional de Desenvolvimento.

Economia Brasileira Contemporânea
Ementa: O processo econômico/financeiro dos anos 70/80 – As contradições internacionais e nacionais da crise - Tentativas de Estabilização e Reestruturação Produtiva – Finanças Públicas e Contas Nacionais - Crise e recuperação dos anos de 1990 – Reforma do Estado e crises financeiras: impactos no Brasil – Análise Conjuntural.

Evolução do Pensamento Econômico
Ementa: Aristóteles e Modo de Produção Escravocrata Clássico - Os autores escolásticos e o mundo medieval: o surgimento de uma teoria econômica - Mercantilismo e Metalismo - Os autores fisiocratas e a importância do Tableau Economique - A Economia Política Clássica em Adam Smith e David Ricardo - A Crítica à Economia Política Clássica em Marx e Engels - Os autores neoclássicos e o tema do equilíbrio geral e parcial da economia à luz do marginalismo e do utilitarismo - Keynes e Schumpeter: a crítica ao equilíbrio estático da economia através das transformações do capitalism - Monetarismo e estruturalismo - O atual debate na Economia Política.

Técnica de Pesquisa
Ementa: Técnicas e tópicos de elaboração de projetos e trabalhos científicos - Técnicas e normas de formatação de pesquisa - Normas da ABNT para elaboração, apresentação e formatação de artigos e trabalhos científicos - Elaboração do projeto que virá a ser a monografia (trabalho de diplomação e conclusão do curso).